Classificação de resíduos: o que é preciso saber sobre o tema?
Com o passar das últimas décadas e o aumento da tecnologia, o ser humano aumentou sua produção de resíduos. No entanto, todo esse volume não pode ser descartada de qualquer maneira. Para solucionar esse problema, existe caracterização e a classificação de resíduos, que têm como objetivo destinar cada material ao seu ciclo mais adequado, sem prejudicar o ambiente.
Trata-se da identificação físico química e biológica do material do qual o resíduo é composto. Com base em sua composição, os mesmos são identificados e separados, sendo cada uma encaminhada para uma solução, por exemplo, a reciclagem, a incineração ou o aterramento.
A industrialização, além de trazer seus benefícios para a humanidade, oferece também suas consequências e prejuízos. A grande exploração de recursos transforma o que um dia foi matéria-prima em produto, e este, por sua vez, quando atinge sua vida útil, acaba se tornando resíduo e sendo substituído por um novo.
Classificar o resíduo de maneira correta é uma tarefa importante. Por isso, preparamos este artigo para que você entenda melhor todo o processo e suas consequências. Acompanhe!
Qual a importância da classificação de resíduos?
A classificação é fundamental para que não ocorram erros que prejudiquem o meio ambiente no momento de dar um destino final correto para cada material. Para manter a organização e a prevenção de riscos, os resíduos são classificados de duas maneiras diferentes.
Resíduos de classe I — Perigosos
Os resíduos dessa classe são aqueles que podem apresentar algum nível de risco durante seu processo de decomposição. Alguns desses riscos podem ser: reatividade, corrosividade, inflamabilidade, patogenicidade e toxicidade.
Resíduos de classe II — Não perigosos
Esses não apresentam riscos e recebem subclassificações:
- Classe II A — não inertes: esses resíduos não conseguem se enquadrar em nenhuma das outras classificações e têm características de biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água;
- Classe II B — inertes: não apresentam solubilidade nem combatividade.
Ao serem expostos em água destilada ou deionizada, não sofrem mudanças físicas, assim, não contaminando a água local.
Como realizar a caracterização e classificação de resíduos sólidos?
Os processos de caracterização e classificação são partes fundamentais no caminho que o resíduo deve traçar a partir do momento de seu descarte até seu destino final. A caracterização é o início de todos os procedimentos, pois é necessário realizar uma análise completa, tanto visual quanto físico-química, do resíduo.
Essas análises terão como objetivo principal identificar toda a formação estrutural daquele componente. Os procedimentos de caracterização estrutural podem ser divididos em três principais fases antes de prosseguir para sua classificação.
A etapa inicial se orienta a partir do estado físico, aparência e odor. Nela, são analisados o estado de decomposição, se está no início ou já avançado, utilizando a cor do material, cheiros incomuns e se a estrutura está intacta ou não.
Na etapa seguinte, são identificados os principais materiais que compõem o resíduo e seu processo de origem de origem. Baseando-se nisso, os materiais são classificados e separados.
Na etapa final de caracterização, é decidido o destino de cada material. Após a separação, cada composto tem necessidades diferentes para que sua destinação final seja realizada corretamente.
A classificação, por sua vez, trabalha com a pós-caracterização. Nela, são estudados e catalogados os processos que deram origem ao material sólido do resíduo. Ao identificar toda a sua linha de produção, os materiais são separados de acordo com os riscos que sua decomposição pode causar ao meio ambiente e à saúde pública.
Quais os riscos de classificar os resíduos de forma errada?
Todo laudo de classificação de resíduos deve ser emitido por um profissional técnico da área e deve seguir rigorosamente os preceitos da NBR 10.004/04 da ABNT. É obrigatório que os procedimentos corretos sejam seguidos pelo profissional na hora de analisar e classificar um resíduo para que não implique em resultados errados.
Dados incorretos podem acarretar uma série de complicações, tanto para a empresa responsável quanto para o meio ambiente. Veja quais são as principais.
Multas
Qualquer processo realizado de maneira errada e fora das normas regulamentadoras vai gerar multas severas — no caso da classificação de resíduos, não é diferente. A situação não é agradável para nenhuma empresa, os danos monetários causados por esses erros não são baixos e vão gerar um grande desfalque no faturamento.
Riscos de acidentes
Além das multas, estamos tratando de uma área que impõe grandes riscos. Se um resíduo é classificado de maneira errada, seu destino final também será inadequado.
Um material destinado à área errada vai gerar danos tanto para o meio ambiente quanto para as pessoas que entrarem em contato direto com sua decomposição. Alguns desses principais riscos são contaminação do solo e água, liberação de gases tóxicos, explosões e até reatividade indesejada no local.
Qual a diferença entre classificação e caracterização dos resíduos?
Esses dois procedimentos podem parecer muito semelhantes e, até mesmo, confundir grande parte do público que não está habituado. Mas, ao conhecer um pouco mais o assunto, é possível identificar suas diferenças e individualidades.
A caraterização trabalha com o início de todo o processo, e nela apenas são identificados os componentes físicos do resíduo. As análises são baseadas na composição, na presença de outros materiais, condições físicas, identificação do nível de degradação, entre outros.
Com a identificação, o resíduo pode ser destinado à classificação, em que haverá o reconhecimento se esse material tem algum risco. Assim, ele será classificado e transportado ao seu destino correto.
Nos dias atuais, a produção de resíduos se tornou um processo inevitável, pois tudo que consumimos ou produzimos, consequentemente, vai gerar uma quantidade de material de sobra. Mas apesar de estarmos tão habituados a gerar resíduos, muitas vezes, as pessoas não se dão conta de como lidar corretamente com os materiais descartáveis.
Para isso, a ajuda de um profissional da área é sempre a solução mais adequada. Somente com o apoio de um especialista podemos compreender melhor como todo o processo de classificação de resíduos funciona e entender como aplicar corretamente sua separação em nosso cotidiano.
Seja em um ambiente industrial, seja em nossas casas, os cuidados com separação, destinação e classificação de resíduos precisam ser muito bem monitorados. Todo cuidado que possamos tomar deve ser aplicado para facilitar os processos realizados posteriormente.
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